21 de fev. de 2008

E-Leaning pelo mundo

As universidades estão cada vez mais apostando na educação a distância.
No Brasil, esse método de ensino confere ao aluno os mesmos direitos à certificação de um aluno de um curso presencial, não podendo portanto, haver qualquer discriminação em relação à metologia aplicada.

Porém ainda existem pessoas que vêem a educação a distância com maus olhos. Eu diria que provavelmente nem seja uma questão de preconceito, mas de ignorância.
O Ensino presencial tem sim, muitas coisas que não podem ser oferecidas em um curso a distância, mas o contrário também se aplica.
A flexibilidade de horários nos cursos EAD é um dos maiores diferenciais. Poder estudar em horários onde a rendimento do aprendizado é maior influencia diretamente em sua performance acadêmica, além de evitar evasão por questões familiares ou de trabalho.

Mas estudar a distância exige certas caracteristicas que infelizmente "não são nativas" do povo brasileiro:
  • Autonomia
  • Pró-Atividade
  • Determinação
Sem essas três características é praticamente impossível concluir um curso a distância, e é exatamente por esse motivo que a evasão ainda é grande nesse tipo de metodologia.

Existem diversos cursos, principalmente em países de primeiro mundo, onde não existe um professor tutor ou seja, o aprendizado nesse caso é um processo auto-didático que exige muita pesquisa, autonomia e dedicação por parte do aluno.
A falta de um tutor pode acarretar na falta de motivação por parte do aluno o que torna esse tipo de modelo muito difícil de ser aplicado em um país como o Brasil.

Em países como os Estados Unidos o e-learning é utilizado há muito tempo e só tem melhorado com o uso das novas tecnologias. E esse sucesso pode ser compreendido quando analisamos as maiores empresas da área de tecnologia.

O Google é o melhor exemplo. Uma empresa gigantesca, com milhares de funcionários trabalhando e emprenhando-se cada vez mais para o progresso da empresa. Como isso é possível?

Os funcionários tem uma grande flexibilidade de horários. A empresa se preocupa com o bem-estar e não quer que alguém acorde de mau-humor e vá trabalhar. Afinal isso acarretaria em uma grande perda na produtividade além de promover uma grande frustração nos empregados.
Algumas horas do expediente são voltadas para as atividades pessoais de cada funcionário, ou seja, eles podem dedicar-se à pesquisa, ao esporte, ao lazer ou à qualquer atividade que lhe traga satisfação pessoal.

Aparentemente essas características levariam a empresa à falência, mas percebe-se que na verdade isso fomenta a vontade emprenhar-se para crescer pessoal e profissionalmente, pois existe um feedback de confiança da empresa para com o funcionário.

Essas motivações são essenciais tanto dentro de uma empresa que deseja realmente crescer quanto em relação à EAD.

Contudo em um país como o Brasil apenas as motivações acima podem não ser suficientes - e aliás podem até atrapalhar quando não bem aplicadas.
E é aí que vem o grande problema no perfil do brasileiro. A comodidade.

Obviamente essa característica vem desde o ensino fundamental e médio onde as informações são "mastigadas" e repassadas ao aluno que as transforma em informações soltas e decoradas.
Muito pouco conhecimento é realmente adquirido, pois em grande parte dos casos os alunos não precisam pensar e analisar sobre aquilo é transmitido em aula.

Os pais também se mostram ausentes em muitos casos. As crianças aprendem com o exemplo, pais que não se preocupam em continuar aprendendo ou não se importam diretamente com a educação dos filhos são grandes colaboradores para a falta de autonomia destes quando adultos.

Por isso, quando falamos em EAD precisamos pensar primeiro no panorama da região onde a mesma será establecida.

No Brasil além de todas as barreiras encontradas como a falta de tecnologia adequada, ainda é necessário lidar com a comodidade e a falta de autonomia dos brasileiros.

Portanto o ensino a distância no Brasil não pode se dar ao luxo de motivar apenas pela flexibilidade, pois isso apenas aumentaria a comodidade. É necessário exigir mais dos alunos. Muito mais. Os trabalhos não devem ser fáceis por isso os alunos precisam ter bastante tempo para realizá-los afim de que este não atrapalhe em sua vida pessoal e profissional.

As provas devem ser com consulta e nehuma questão deve ter a resposta diretamente nesse material a ser consultado, fazendo com que o aluno precise pensar e analisar as informações do material didático para que possa então desenvolver sua própria resposta e não mais colocar no papel aquilo que foi decorado. Aliás, se for assim será muito pior pois decorar exige, ou que a pessoa tenha muito tempo disponível - que não é o caso dos alunos de EAD - ou que tenha uma boa memória.
E nenhuma dessas características fará com que uma pessoa seja contratada por uma empresa que esteja em busca de bons profissionais.

Desenvolver a análise crítica do aluno levando-o a, de fato, a aprender é o grande desafio o ensino a distância.
Caso consiga atingir esse objetivo a educação a distância não será apenas mais uma metodologia de ensino e sim servirá de base para todas as metodologias de ensino-aprendizagem existentes, principalmente a presencial.

Abaixo estão alguns modelos de cursos a distância gratuitos oferecidos por grandes instituições brasieliras e internacionais:

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